quarta-feira, 23 de novembro de 2016

DICLOFENACO: SÓDICO vs. POTÁSSICO


Diferenças entre o Diclofenaco de Sódio e o Diclofenaco de Potássio:

Diclofenaco é anti-inflamatório não-esteroide (AINE) com atividade anti-inflamatória, analgésica e antipirética.
Diclofenaco potássico e diclofenaco sódico não apresentam diferenças farmacodinâmicas (mecanismo de ação), nem farmacocinéticas significantes. Ambos são administrados sob a mesma dose e absorvidos na forma ácida (diclofenaco). Ademais, a porção ativa da molécula é o diclofenaco.
A principal diferença entre esses medicamentos é a estrutura química do composto (o tamanho e o peso) que são diferentes devido ao Sódio e ao Potássio. Esses íons estão presentes na estrutura do diclofenaco para aumentar a sua atividade e sua absorção no organismo. 

Diferenças na estrutura:



Isso modifica a solubilidade do mesmo sendo assim, no diclofenaco de sódio o pico médio das concentrações plasmáticas de 2,5mcg/mL (8mcmol/L) é atingido após aproximadamente 20 minutos. No diclofenaco de potássio o pico médio da concentração plasmática de cerca de 3,8mcmol/L é atingido após 20 a 60 minutos, mas o mecanismo de ação de ambos é o mesmo.
Na prática, a diferença entre esses medicamentos é mínima ou quase inexistente. Eles possuem o mesmo mecanismo de ação no organismo e, portanto, as mesmas propriedades farmacológicas.
Em razão das opções de formas farmacêuticas disponíveis, os produtos comercializados podem diferir quanto ao tempo de início e duração da ação, o que interfere na dose e esquema posológico a serem indicados para cada um deles. Porém, isto não resulta do fato de serem sais diferentes (um sódico e outro potássico).
Dessa forma, as diferentes indicações das formas sódica e potássica do diclofenaco, se devem somente à tecnologia farmacêutica (forma de liberação do fármaco) empregada:
a) forma de liberação imediata: é empregada principalmente como analgésico, pois o comprimido sofre desintegração e dissolução do fármaco no estômago, produzindo início de ação mais rápido e maior pico de concentração plasmática;
b) forma de liberação retardada ou prolongada: é empregada, principalmente, em processos inflamatórios e uso prolongado, pois, o comprimido libera o fármaco de forma mais lenta, produzindo ação prolongada e menor pico de concentração plasmática.


Característica Farmacológicas:

1. Mecanismo de ação:
        Diclofenaco sódico é uma substância não-esteroide, com acentuadas propriedades antirreumática, anti-inflamatória, analgésica e antipirética. A inibição da biossíntese de prostaglandina é considerada fundamental no seu mecanismo de ação. As prostaglandinas desempenham um importante papel na causa da inflamação, da dor e da febre. Em doenças reumáticas, as propriedades analgésicas e anti-inflamatórias do diclofenaco, fazem com que haja uma resposta clínica caracterizada por melhora significativa dos sinais e sintomas como dor em repouso, dor ao movimento, rigidez matinal e edema nas juntas, bem como uma melhora na função. Em condições inflamatórias póstraumáticas e pós-operatórias, diclofenaco melhora rapidamente a dor espontânea e a dor ao movimento e diminui o edema inflamatório.


2. Farmacocinética:
Diclofenaco de Sódio: O pico médio das concentrações plasmáticas de 2,5mcg/mL (8mcmol/L) são atingidos após aproximadamente 20 minutos. As concentrações plasmáticas reduzem-se rapidamente, uma vez que os picos tenham sido atingidos após injeção intramuscular ou administração de comprimidos gastrorresistentes ou supositórios. 99,7% do diclofenaco liga-se às proteínas séricas, predominantemente à albumina (99,4%). O volume de distribuição aparente calculado é de 0,12-0,17L/kg. O diclofenaco penetra no fluido sinovial, onde as concentrações máximas são medidas de 2 - 4 horas após serem atingidos os valores de pico plasmático.

Diclofenaco de Potássio: A absorção inicia se imediatamente após a administração, equivale aos comprimidos gastrorresistentes de diclofenaco sódico quando administrados na mesma dose. O pico médio da concentração plasmática de cerca de 3,8mcmol/L é atingido após 20 a 60 minutos após administração de um comprimido de 50mg. 99,7% do diclofenaco liga-se à proteínas séricas, predominantemente à albumina (99,4%). O volume de distribuição aparente calculado é de 0,12-0,17L/kg.


3. Modo de uso:
Injetável: 1 ampola (75 mg) por dia, por via intramuscular, aplicada nas nádegas (quadrante superior externo). Não usar a forma injetável por mais de 2 dias (continuar o tratamento com outras formas de apresentação do produto). Não aplicar o produto injetável em gestantes.

Comprimidos ou drágeas: iniciar com 100 a 150 mg por dia, em doses divididas a cada 8 ou 12 horas. A dose máxima diária é de 200 mg. Os comprimidos devem ser ingeridos inteiros com um copo de água, de preferência após as refeições, não deitar nos 30 minutos após a tomada (para diminuir risco de irritação gastrintestinal).

Comprimidos de ação prolongada: 100 mg por dia, em dose única.


4. Tempo máximo de uso:
A posologia adequada deve ser ajustada pelo médico de acordo com a indicação e o quadro clínico do paciente. Não é recomendável usar a forma injetável por mais de 2 dias; quando necessário, dar continuidade ao tratamento com comprimidos. Não deve ser utilizado como auto medicação por tratar-se de um medicamento com tarja vermelha.




ACADÊMICAS: 

Ana Gabriela Scolari, Carmine Giordani, Daiane Kloch, Jéssica Acosta Pereira, Kelly Kuhn, Laís Weber, Larissa Vieira, Pamiela Goulart.




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Klasco R K (Ed): Drugdex System. Thomson MICROMEDEX, Greenwood Village, Colorado, USA. Disponível em: http://www.thomsonhc.com/.

Klasco R K (Ed): Martindale. The Extra-Pharmacopoeia. Thomson MICROMEDEX, Greenwood Village, Colorado, USA. Disponível em: http://www.thomsonhc.com/.


McEvoy GK (editor). AHFS: Drug Information 2011. Bethesda: ASHP, 2011.



Podemos utilizar hormônios T3 e T4 em academia?   

Os hormônios tireoidianos (T3 e T4) são essenciais para as funções metabólicas teciduais e auxiliam no crescimento e desenvolvimento de alguns órgãos e tecidos.

           A função geral de T3 e T4 é aumentar o consumo de oxigênio, como também a utilização de energia, pois aumentam o número de bomba sódio-potássio que estão presentes em quase todas as células. Eles agem no núcleo aumentando a transcrição de genes em sítios específicos e, consequentemente, elevando a síntese proteica. 

         A estrutura química dos hormônios tireoidianos T3 e T4 podem ser analisadas na imagem a seguir:


         Entretanto quando a função da glândula tireoide está desregulada, deve se realizar a manutenção destas, a partir da ingestão dos hormônios T3 e T4 na forma de medicamentos, para que então doenças como hipotireoidismo possam ser tratadas e ter um acompanhamento correto.

        Na maioria das vezes os efeitos adversos da levotiroxina sódica encontram-se associados a doses elevadas e correspondem aos sintomas do hipertireoidismo. Em alguns casos pode haver o desenvolvimento de taquicardia, palpitações, arritmias cardíacas, dor de angina, dor de cabeça, nervosismo, excitabilidade, insônia, tremores, fraqueza muscular, cãibras, intolerância ao calor, sudorese, fogachos, febre, perda de peso, irregularidades menstruais, diarreia e vômito. Tais efeitos desaparecem com a redução da dosagem ou suspensão temporária do tratamento.

Sintomas:


Algumas pessoas vem utilizando os hormônios tireoidianos em academias, pois eles aumentam a energia do corpo, levando há uma maior excreção de nitrogênio e associados a uma alimentação saudável, a proteína endógena e os estoques de gordura são catabolizados e perde-se peso, portanto ISSO NÃO PODE SER REALIZADO.

        Quem faz uso desses hormônios da tireoide para fins estéticos, PODE OCASIONAR LESÕES IRREVERSÍVEIS NA GLANDULA TIREÓIDE. A supressão da secreção de TSH por T4 exógena (ou seja na forma de medicamentos sem necessidade de uso) leva a uma atrofia da tireoide fazendo com que ela fique lenta, ou até inativa,  e caso a supressão de TSH for prolongada, pode levar algum tempo para voltar ao normal ou não voltar a sua normalidade.

     Então esse tipo de uso (em academias) não é conhecido e nem liberado por se tratar de um medicamento com tarja vermelha, sendo assim somente liberado com receituário médico.

CUIDADO A DIFERENÇA ENTRE O MEDICAMENTO E O VENENO ESTÁ APENAS NA DOSE!

REFERÊNCIAS:
MAIA, Ana L. Mecanismo de Ação e Metabolismo dos Hormônios Tireoidianos. Sociedade Brasileira  de Endocrinologia e Metabologia. Disponível em:<http://www.tireoide.org.br/mecanismo-de-acao-e-metabolismo-dos-hormonios-tireoidianos/> Acesso em: 14 nov de 2016.
NUNES, Maria Tereza. Hormônios tiroideanos: mecanismo de ação e importância biológica. Arquivo Brasileiro Endocrinologia Metabólica, São Paulo , v. 47, n. 6, p. 639-643, Dez. 2003 . Disponível em:  <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302003000600004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 14 Nov. 2016.
 BITENCOURTE, Helouise. Mecanismo de ação dos hormônios da tireóide. Corticóides e Hormônios da Tireóide. Disponível em: http://corticoidestireoide93.blogspot.com.br/2011/06/mecanismo-de-acao-dos-hormonios-da.html. Acesso em: 14 nov de 2016.



Acadêmicas: Amanda Bagatini, Caroline Medine e Daiane Bamberg. 
6º Semestre
URI - Santo Ângelo

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Medicamento

 O que é? Para que serve?

   Medicamentos são produtos especiais elaborados com a finalidade de diagnosticar, prevenir, curar doenças ou aliviar seus sintomas, sendo produzidos com rigoroso controle técnico para atender as especificações determinadas pelo órgão regulador.
   O efeito do medicamento se deve a uma ou mais substâncias ativas com propriedades terapêuticas reconhecidas cientificamente, que fazem parte da composição do produto, denominadas fármacos, drogas ou princípios ativos.
   Para que os medicamentos façam o efeito desejado, eles devem ser usados de forma racional e com orientação médica e farmacêutica (ANVISA).

Qual a diferença de Remédio e de Medicamento?


Finalidades do Uso de Medicamentos:


Os três Mandamentos do Uso Correto de Medicamentos:

Medicamento Certo         Na Dose Certa            Na Hora Certa

Papel do Farmacêutico:



REFERÊNCIAS:

ANVISA. O que devemos saber sobre medicamentos. 2012. Disponível em: <http://www.pharmako.com.br/cartilha/cartilha_anvisa2012.pdf>


Acadêmicas: Thaísa Podgorski e Vanuza Gerardi
6º Semestre curso de Farmácia - URI 


Diferença entre Omeprazol e Pantoprazol

Diferenças na Estrutura

Omeprazol




Pantoprazol


Mecanismo de Ação

Os inibidores da bomba de prótons (IBP) suprimem a secreção de ácido gástrico por meio de inibição específica da enzima H+/K+-ATPase na superfície secretora da célula parietal gástrica, reduzindo em até 95% a produção diária de ácido gástrico. 


Farmacocinética

Todos os inibidores da bomba de prótons são “pró- fármacos” que necessitam ativação em ambiente ácido. São rapidamente absorvidos, altamente ligados às proteínas e geralmente bem tolerados, mas interagem com algumas enzimas do citocromo P450, podendo reduzir o catabolismo alguns fármacos.
Apesar de pertencerem à mesma classe terapêutica, existem algumas diferenças em seus perfis farmacológicos. Ao contrário do omeprazol e do lansoprazol, o pantoprazol tem um perfil farmacocinético linear (e, portanto mais previsível), biodisponibilidade menos variável e um rápido início de ação.
Omeprazol: O pico de concentração plasmática de uma dose simples é de 0,5 a 3,5 horas e ligam-se às proteínas plasmáticas em torno de 95 %. A biodisponibilidade é dependente da dose e do pH gástrico, onde atinge 35 % na primeira dose, aumentando para aproximadamente 70 % após administração repetida. O tempo de meia-vida é de 0,5 a 1,5 horas e velocidade da eliminação de 500 a 600 mL/min.
Pantoprazol: Biodisponibilidade oral: aproximadamente 77%. O pico de concentração plasmática de uma dose simples é de 2.5 horas. Tempo de meia-vida é de 1 hora.


 Diferenças entre Omeprazol e Pantoprazol

O pantoprazol leva a menos interações medicamentosas por ser metabolizado por uma enzima citosólica, além do sistema de citocromo P450 que é comum aos outros fármacos da classe. Assim, poderia ser preferido em relação ao omeprazol no caso de tratamentos prolongados e com utilização de benzodiazepínicos como o diazepam. 


Patologias que podem ser Tratadas

* Esofagite refratária
* Condições de hipersecreção patológica (como adenomas endócrinos, síndrome de ZollingerEllisson, e mastocitose sistêmica
* Dispepsia
* Refluxo gastro-esofágico
* Esofagite erosiva
* Úlcera péptica
* Erradicação de Helicobacter pylori em úlcera péptica
* Ulceração associada ao uso de anti-inflamatórios não esteroides (AINES)


Tempo Máximo de Uso

O tempo de uso depende de cada patologia tratada.
Em relação ao Omeprazol:
- Esofagite refratária: terapia de manuntenção;
- Condições de hipersecreção patológica: O tratamento é individualizado conforme condições do paciente e resposta ao tratamento. Alguns pacientes com síndrome de Zollinger-Ellisson têm sido tratados continuamente por mais de 5 anos;
- Dispepsia: 2 a 4 semanas;
- Refluxo gastro-esofágico: 4 a 8 semanas;
- Esofagite erosiva: 12 meses para avaliação;
- Úlcera péptica: 4 a 8 semans;
- Erradicação de Helicobacter pylori em úlcera péptica: 4 a 8 semanas;
O uso contínuo de IBP é relativamente seguro, mas requer que médicos e farmacêuticos monitorem os pacientes adequadamente e notifiquem a ocorrência de eventos adversos. Quanto mais longo o tempo de consumo do medicamento, maior a probabilidade de fraturas, devido a má absorção do cálcio, podendo levar a osteoporose, como também o desenvolvimento de câncer gástrico e enterite bacteriana. 


Acadêmicas: Ana Paula Bueno, Bruna Dutra, Juliana Jaroszewski, Jurema Jablonski, Kelvin Schiefelbein, Luana da Veiga Barella.

6º Semestre curso de Farmácia - URI


Referências Bibliográficas

BRAGA, Muriele Picoli; SILVA, Cristiane de Bona da; ADAMS, Andréa Inês Horn. Inibidores da bomba de prótons: Revisão e análise farmacoeconômica. Disponível em: < https://periodicos.ufsm.br/revistasaude/article/viewFile/2963/2655>. Acesso em: 14 de Nov. 2016. 

CIM (Centro de Informações sobre Medicamentos do Rio Grande do Sul - RS). Disponível em: <http://cimrs.blogspot.com.br/2013/09/pergunte-ao-cim-rs-diferenca-de.html>. Acesso em: 14 de Nov. 2016. 

LEITE, Rogério. Segurança do uso contínuo de inibidores da bomba de prótons. Boletim Farmacoterapêutico, ano XIV, números 01 e 02, jan-abr/2009. Disponível em: <http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/70/083a088_farmacoterapAutica.pdf>. Acesso em: 14 de Nov. 2016. 

LIMA, Ana Paula Vaz de; NETO FILHO, Mário dos Anjos. Efeito em Longo Prazo de Inibidores da bomba de Prótons. Vol.5,n.3,pp.45-49 (Dez 2013 - Fev 2014) Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research - BJSCR Disponível em: < http://www.mastereditora.com.br/periodico/20140131_170612.pdf>. Acesso em: 14 de Nov. 2016. 

MICROMEDEX SOLUTIONS. Disponível em: <http://www.micromedexsolutions.com/micromedex2/librarian/CS/EC021A/ND_PR/evidencexpert/ND_P/evidencexpert/DUPLICATIONSHIELDSYNC/893043/ND_PG/evidencexpert/ND_B/evidencexpert/ND_AppProduct/evidencexpert/ND_T/evidencexpert/PFActionId/evidencexpert.DoIntegratedSearch?SearchTerm=pantoprazole&UserSearchTerm=pantoprazole&SearchFilter=filterNone&navitem=searchALL#>. Acesso em: 14 de Nov. 2016. 

MURAKAMI, Fábio Seigi. Omeprazol Sódico: Caracterização das Propriedades Físico-Químicas e Desenvolvimento de Comprimidos Gastro-resistentes. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/92635/263783.pdf?sequence=1>. Acesso em: 14 de Nov. 2016. 

REBRACIM – Rede Brasileira de Centros e Serviços de Informações sobre Medicamentos. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/boletimcimrs/USO_PROLONGADO_DE_OMEPRAZOL.pdf>. Acesso em: 14 de Nov. 2016.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Quem somos?

O curso de farmácia visa não apenas formar profissionais com alto conhecimento técnico e teórico, mas também pessoas, no sentindo mais humano da palavra, que sejam éticas e empáticas, que possam fazer a diferença em qualquer lugar em que se encontrarem, em qualquer uma das 74 áreas de atuação em que trabalharem. Assim, com o intuito de informar a população e incentivar a busca de informações dos alunos pelos mais variados assuntos relacionados a saúde, surge o blog “Farma Informa”. 

A ideia do blog surgiu a partir da professora Tanise Savaris Schossler, dentro da disciplina de Farmacoterapêutica, que é ministrada no 6º semestre do curso de Farmácia da URI- Santo Ângelo. Criado no ano de 2016, o Farma Informa é “alimentado” por todos os acadêmicos da disciplina, sendo que os pioneiros no blog são: Amanda Bagatini, Ana Gabriela, Bruna Cippolat, Bruna dos Santos, Bruna Dutra, Caroline Medine, Caroline Ferrazza, Daiane Bamberg, Fernanda Teichmann, Janete Reis Marques, Jéssica Pereira, Juliana Jaroszewski, Jurema Jablonski, Kelvin Schiefelbein, Laís Weber, Lara Immich, Letícia Barz, Luana Veiga, Marcelli de Moura, Thaísa Podgorski e Vanuza Gerardi.


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O papel do Farmacêutico

O papel do Farmacêutico no mundo é tão nobre quão vital. 

O Farmacêutico representa o órgão de ligação entre a medicina e a humanidade sofredora. É o atento guardião do arsenal de armas com que o Médico dá combate às doenças. É quem atende às requisições a qualquer hora do dia ou da noite. 

O lema do Farmacêutico é o mesmo do soldado: servir. Um serve à pátria; outro serve à humanidade, sem nenhuma discriminação de cor ou raça.
 O Farmacêutico é um verdadeiro cidadão do mundo. Porque por maiores que sejam a vaidade e o orgulho dos homens, a doença os abate - e é então que o Farmacêutico os vê. 

O Farmacêutico sorri filosoficamente no fundo do seu laboratório, ao aviar um receita, porque diante das drogas que manipula não há distinção nenhuma entre o fígado de um Rothschild e o do pobre negro da roça que vem comprar 50 centavos de maná e sene.

 - Monteiro Lobato